Data de publicação: 14/04/2016
Assédio Moral foi o tema da segunda palestra do Abril Verde
Marli Leandro abordou o tema para grande público no auditório do Sintrivest
Marli Leandro abordou o tema para grande público no auditório do Sintrivest
O auditório do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Região (Sintrivest) ficou lotado na noite de quarta-feira, 13 de abril, para a segunda palestra do movimento Abril Verde. Promovido pelo Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região, do qual o Sintrivest faz parte, a palestra contou com a presença de 120 pessoas. O tema da noite era ‘Assédio Moral nas Relações de Emprego’ e foi abordado pela presidente do Sintrivest, Marli Leandro.
A dirigente sindical destacou os principais deveres, tanto do empregador quanto do empregado e ressaltou que existe um limite do poder diretivo do empregador, que está estabelecido dentro do contrato de trabalho, assinado entre as partes no momento da admissão.
Ainda segundo Marli, o assédio moral viola os princípios da Constituição Federal, entre eles o princípio da dignidade da pessoa, da proteção à vida privada, da não-discriminação.
“O assedio moral é algo maléfico, algo muito prejudicial na vida dos trabalhadores e trabalhadoras e que acontece cotidianamente nas relações entre capital e trabalho. Muitas vezes as pessoas nem se dão conta de que estão sofrendo assédio moral e elas só vão perceber quando adoecem. É algo que vai minando a pessoa de tal forma que mexe com o seu psicológico, fazendo com que ela chegue ao ponto de muitas vezes desistir até mesmo da própria vida. Então são questões que precisamos trazer à tona. A gente precisa construir outras relações de trabalho, e isso é possível. Não podemos admitir que as pessoas sofram por conta de ações, de atos, de gestos, de atitudes dos seus superiores a ponto de desistirem, adoecerem. São situações que a gente acompanha e eu penso que é preciso reagir. O assédio moral não é qualquer acontecimento, é preciso ficarmos atentos a isso”, frisou Marli.
A palestrante pediu aos trabalhadores para refletirem sobre a importância do trabalho em suas vidas. Muitos se pronunciaram dizendo que o trabalho é a realização profissional, o sustento, a dignidade. Em seguida, relataram casos e tiraram dúvidas sobre o tema, principalmente sobre leis para buscarem seus direitos.
Segundo Marli, não existe hoje, no Brasil, uma legislação específica sobre assédio moral. Em muitos casos os trabalhadores acabam entrando com ações por dano moral. Além disso, ela frisou que é importante saber identificar como se caracteriza o assédio moral. “É algo que acontece de forma prolongada. Segundo os estudiosos, no mínimo com duração de seis meses, não sendo um fato isolado. É uma situação que todos os dias a pessoa é acometida por atos, por ações, por palavras, piadinhas, bilhetinhos, por isolamento, ela é retirada do grupo, ou aquela pessoa que retorna de um afastamento e não lhe é dada a função anteriormente exercida, ou lhe é dada uma função abaixo do que ela pode realizar. São diversas formas que as pessoas são acometidas. As pressões psicológicas, por metas, por produção, a ponto da pessoa ficar enlouquecida, as cobranças, enfim, são muitas as situações. Por isso é importante a atenção quando algo assim acontecer”, reforçou.
“O que nós defendemos é que os trabalhadores e trabalhadoras merecem ambientes saudáveis. Se estiverem em um ambiente de respeito, harmonia, de solidariedade, sem sombra de dúvida trabalharão melhor e produzirão mais”, complementou.
Próxima Palestra
A próxima palestra do movimento Abril Verde será realizada na quarta-feira, 20 de abril, às 19 horas, no Auditório do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos. O tema será Acidentes de Trabalho.
O auditório do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Região (Sintrivest) ficou lotado na noite de quarta-feira, 13 de abril, para a segunda palestra do movimento Abril Verde. Promovido pelo Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região, do qual o Sintrivest faz parte, a palestra contou com a presença de 120 pessoas. O tema da noite era ‘Assédio Moral nas Relações de Emprego’ e foi abordado pela presidente do Sintrivest, Marli Leandro.
A dirigente sindical destacou os principais deveres, tanto do empregador quanto do empregado e ressaltou que existe um limite do poder diretivo do empregador, que está estabelecido dentro do contrato de trabalho, assinado entre as partes no momento da admissão.
Ainda segundo Marli, o assédio moral viola os princípios da Constituição Federal, entre eles o princípio da dignidade da pessoa, da proteção à vida privada, da não-discriminação.
“O assedio moral é algo maléfico, algo muito prejudicial na vida dos trabalhadores e trabalhadoras e que acontece cotidianamente nas relações entre capital e trabalho. Muitas vezes as pessoas nem se dão conta de que estão sofrendo assédio moral e elas só vão perceber quando adoecem. É algo que vai minando a pessoa de tal forma que mexe com o seu psicológico, fazendo com que ela chegue ao ponto de muitas vezes desistir até mesmo da própria vida. Então são questões que precisamos trazer à tona. A gente precisa construir outras relações de trabalho, e isso é possível. Não podemos admitir que as pessoas sofram por conta de ações, de atos, de gestos, de atitudes dos seus superiores a ponto de desistirem, adoecerem. São situações que a gente acompanha e eu penso que é preciso reagir. O assédio moral não é qualquer acontecimento, é preciso ficarmos atentos a isso”, frisou Marli.
A palestrante pediu aos trabalhadores para refletirem sobre a importância do trabalho em suas vidas. Muitos se pronunciaram dizendo que o trabalho é a realização profissional, o sustento, a dignidade. Em seguida, relataram casos e tiraram dúvidas sobre o tema, principalmente sobre leis para buscarem seus direitos.
Segundo Marli, não existe hoje, no Brasil, uma legislação específica sobre assédio moral. Em muitos casos os trabalhadores acabam entrando com ações por dano moral. Além disso, ela frisou que é importante saber identificar como se caracteriza o assédio moral. “É algo que acontece de forma prolongada. Segundo os estudiosos, no mínimo com duração de seis meses, não sendo um fato isolado. É uma situação que todos os dias a pessoa é acometida por atos, por ações, por palavras, piadinhas, bilhetinhos, por isolamento, ela é retirada do grupo, ou aquela pessoa que retorna de um afastamento e não lhe é dada a função anteriormente exercida, ou lhe é dada uma função abaixo do que ela pode realizar. São diversas formas que as pessoas são acometidas. As pressões psicológicas, por metas, por produção, a ponto da pessoa ficar enlouquecida, as cobranças, enfim, são muitas as situações. Por isso é importante a atenção quando algo assim acontecer”, reforçou.
“O que nós defendemos é que os trabalhadores e trabalhadoras merecem ambientes saudáveis. Se estiverem em um ambiente de respeito, harmonia, de solidariedade, sem sombra de dúvida trabalharão melhor e produzirão mais”, complementou.
Próxima Palestra
A próxima palestra do movimento Abril Verde será realizada na quarta-feira, 20 de abril, às 19 horas, no Auditório do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos. O tema será Acidentes de Trabalho.
