Data de publicação: 04/06/2013
Decreto muda gestão e mantém atendimento pelo SUS no Hospital de Azambuja
Na tarde desta segunda-feira, 3 de junho, o prefeito de Brusque, Paulo Roberto Eccel, decretou Estado de Calamidade e Perigo...
Na tarde desta segunda-feira, 3 de junho, o prefeito de Brusque, Paulo Roberto Eccel, decretou Estado de Calamidade e Perigo Público Iminente na área da saúde, em decorrência da paralisação dos atendimentos de urgência e emergência através do SUS no Hospital de Azambuja. Com a medida, a prefeitura assume a gestão do hospital até 31 de dezembro de 2013 e já nomeou como administrador o profissional Fabiano Amorim, com ampla experiência na direção de unidades de saúde. Está também prevista a formação de um Conselho Administrativo e a execução de uma auditoria no local.
A presidente do Sintrivest, vereadora Marli Leandro, acompanhada pelo gestor financeiro do Sindicato, José Gilson Cardoso, esteve presente no ato do anúncio e comemorou a decisão. “Nos momentos de crise também surgem grandes oportunidades e tenho certeza que, com o esforço de todos, essa questão será superada e as pessoas continuarão sendo atendidas. A prefeitura está de parabéns pela coragem de assumir uma entidade que é vital para Brusque e região”, afirmou, Marli.
O decreto requisita todas as instalações do Hospital de Azambuja, seus equipamentos médicos e cirúrgicos, recursos humanos e demais aparatos que garantam o pleno funcionamento da entidade.
Já ao novo administrador cabe a gestão de recursos financeiros e do capital humano. Ele também deverá providenciar um inventário dos bens e equipamentos, além dos respectivos laudos da situação do hospital no momento da intervenção.
Por fim, o Conselho Administrativo formado para auxiliar Amorim será constituído por representantes da prefeitura, Governo Estadual, corpo clínico do Hospital, Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Unimed, Poder Legislativo, Conselho Municipal da Saúde e entidades sindicais.
“Como conseqüência do Decreto, a atual gestão do Hospital de Azambuja foi afastada de suas atividades. Assim, a porta da urgência e emergência continuará aberta e, agora, administrada pela prefeitura”, ressaltou Eccel.
<b>Saiba mais</b>
Até janeiro de 2009, o repasse da prefeitura ao Hospital de Azambuja era de R$ 50 mil por mês. Hoje o montante é de R$ 304.274,74 (trezentos e quatro mil, duzentos e setenta e quatro reais e setenta e quatro centavos) que, somado aos 437.973,48 (quatrocentos e trinta e sete mil, novecentos e setenta e três reais e quarenta e oito centavos) do Ministério da Saúde, totaliza uma receita de R$ 742.248,22 (setecentos e quarenta e dois mil, duzentos e quarenta e oito reais e vinte e dois centavos) mensais.
Ainda assim, de acordo com o balancete apresentado pela administração do Hospital de Azambuja, a entidade era deficitária em quase R$ 2 (dois) milhões anuais.
Diante do exposto iniciaram as negociações para a renovação do contrato, expirado em fevereiro deste ano. A síntese de cada encontro, por solicitação do próprio hospital, era divulgada através de notas oficiais para os veículos de comunicação de Brusque e região. O último encontro ocorreu na terça-feira passada, 28 de maio, sinalizando um possível acordo nos próximos dias.
Mas, para surpresa do Poder Executivo, a direção do Hospital de Azambuja anunciou o fechamento dos serviços de urgência e emergência através do SUS, em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, 3 de junho, sem qualquer anúncio antecipado ao poder público.
Restou, então, o Decreto do Estado de Calamidade e Perigo Público Iminente, levando em consideração a importância que a unidade de saúde tem para Brusque e região.