Data de publicação: 26/05/2015
Dia da Costureira
Mais de 800 pessoas prestigiam o 5º Desfile das Costureiras
Evento realizado pelo sindicato laboral e patronal vestuarista e duas instituições de ensino, homenageou os profissionais da costura
Quando o som aumenta e todas as luzes cobrem de cor a passarela, o costureiro Erivelton Richard Zeferino, 21 anos, sente o coração bater mais forte. Para ele, os primeiros passos são mais difíceis de sustentar, enquanto segura uma lágrima de emoção que insiste em cambalear pelo rosto. O costureiro respira fundo. Lembra-se da mãe, dona Evanilda, que há 10 anos o ensinou sobre a arte que transforma tecido em moda. Pensa também na irmã, Schirlei, que, como ele, foi incentivada pela mãe a persistir no ofício da costura. Por fim, nem sua esposa Andreza resistiu à pressão da sogra e há um ano se aventura pela profissão dos tecidos, linhas e agulhas. E é exatamente no colo de Andreza que está o motivo de Erivelton seguir em frente e agora investir na sua carreira com muito mais entusiasmo e devoção. O costureiro é pai de Vitor Hugo, com um ano e quatro meses, para quem já confeccionou pijamas e até a roupinha para saída da maternidade. Em cada ponto, muito amor de pai. “Estou emocionado porque trabalho há 10 anos com a costura e passa um filme na minha cabeça. Lembro-me da minha mãe e da necessidade que eu tinha em ajudar nas despesas da casa. Eram tempos difíceis. Hoje, é com a costura que sustento a minha família e tenho muito orgulho disso”, afirma.
Erivelton foi um dos 67 trabalhadores que ganhou a passarela na 5ª edição do Desfile das Costureiras (os), realizado na noite desta segunda-feira, 25 de maio, na Sociedade Santos Dumont, em Brusque. A iniciativa é do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest), em parceria com o Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brusque, Botuverá, Guabiruba e Nova Trento (Sindivest), o Centro Universitário de Brusque (Unifebe) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com apoio da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). No dia 25 de maio, quando se comemora o Dia Nacional e o Dia Municipal da Costureira, o evento foi uma justa homenagem das entidades envolvidas aos trabalhadores que costuram a moda de Brusque, Berço da Fiação Catarinense e Capital da Pronta-Entrega.
“As(os) costureiras(os) representam a força viva e fundamental para girar as engrenagens do setor do vestuário, tão importante para a economia de Brusque e região. Estes trabalhadores, que vivem da arte de transformar tecido em moda, merecem todos os dias o nosso reconhecimento, incentivo e aplauso”, destaca a presidente do Sintrivest, Marli Leandro.
Pela primeira vez na parceira do projeto, o Sindivest veio para somar e contribuiu com o sucesso do Desfile. “Além de incentivar o ofício da costura, nós também queremos ressaltar o valor do associativismo e a união de dois sindicatos (patronal e laboral) na realização do evento, bem como o apoio que recebemos de duas instituições de ensino. É um projeto que certamente entrará para o calendário das quatro entidades porque, diante de problemas econômicos e da falta de mão de obra qualificada, ele nos permite vislumbrar um novo horizonte e fazer frente às concorrências de outros mercados”, ressalta a presidente do Sindivest, Rita Cassia Conti.
Já o diretor do Senai de Brusque, José Vanderlei Cardoso, agradeceu o convite para participar do 5º Desfile das Costureiras e falou sobre o empenho de seus coordenadores, professores e alunos do curso de Moda no projeto. “O nosso objetivo é valorizar esta profissão e unir forças para que alcancemos sempre resultados positivos para o segmento. Contem conosco nas próximas edições”, salienta.
Por fim, a Unifebe, que desde 2014 participa da iniciativa, observa o crescimento da proposta que, nesta segunda-feira, reuniu mais de 800 pessoas no local. “Somos uma universidade comunitária e trabalhamos para que o limite entre universidade e comunidade não seja distinguido. Precisamos, cada vez mais, inserir nossos acadêmicos no mercado, para que tenham essa vivência real da profissão e sejam capazes de propor novos caminhos”, pontua o reitor da Unifebe, Günther Lother Pertschy.
Mais histórias
Quem chegou cedo para aplaudir uma costureira muito especial foi Alessandro Amorim, ao lado de seus três filhos: Willian (20), Letícia (10) e Felipe (7). E quem diz que estes quatro corações se comportam na hora que Meri Tereza Reis de Amorim pisa na passarela? Família assim grande e reunida faz barulho na plateia. Aplaude, assovia, grita. E ela, lá de cima, um tanto envergonhada, ela retribuiu toda a manifestação de carinho com um sorriso largo de esposa e mãe. “A Meri merece esta homenagem, ela é muito boa no que faz. Trabalha com costura há 27 anos”, conta Alessandro, ainda emocionado com a performance da mulher na passarela. Seu filho menor, Felipe, também não esconde o orgulho. “Minha mãe é muito bonita”, diz o pequeno, com toda a sinceridade de seu coração.
Minutos depois, já com o fôlego recuperado da experiência de modelo que viveu, Meri considera justa a homenagem recebida pela primeira vez, depois de quase três décadas de profissão. “É o que eu aprendi a fazer e o que faço de melhor. Com a minha profissão eu sempre ajudei na criação dos meus filhos e, pela minha família, eu quase chorei de emoção lá em cima”, confessa.
Pela terceira vez no Desfile das Costureiras, Marli Klock, que insiste em não revelar a idade, teve um desempenho de mocinha na passarela, com direito àquela paradinha posada, na frente dos fotógrafos: postura de quem já se acostumou com o palco. “Trabalho com costura desde os 14 anos. Tinha o sonho de ser professora, mas minha mãe me encaminhou para a carreira da costura. Aprendi, gostei, não parei mais, até porque precisava criar meus filhos, cuidar da educação deles. Em 2004, quando já estavam crescidos, consegui retomar os estudos e concluí o Ensino Superior em quatro anos. Hoje, sou professora. Foi a costura que me permitiu realizar todos os sonhos”, revela.
Erivelton foi um dos 67 trabalhadores que ganhou a passarela na 5ª edição do Desfile das Costureiras (os), realizado na noite desta segunda-feira, 25 de maio, na Sociedade Santos Dumont, em Brusque. A iniciativa é do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest), em parceria com o Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brusque, Botuverá, Guabiruba e Nova Trento (Sindivest), o Centro Universitário de Brusque (Unifebe) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com apoio da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). No dia 25 de maio, quando se comemora o Dia Nacional e o Dia Municipal da Costureira, o evento foi uma justa homenagem das entidades envolvidas aos trabalhadores que costuram a moda de Brusque, Berço da Fiação Catarinense e Capital da Pronta-Entrega.
“As(os) costureiras(os) representam a força viva e fundamental para girar as engrenagens do setor do vestuário, tão importante para a economia de Brusque e região. Estes trabalhadores, que vivem da arte de transformar tecido em moda, merecem todos os dias o nosso reconhecimento, incentivo e aplauso”, destaca a presidente do Sintrivest, Marli Leandro.
Pela primeira vez na parceira do projeto, o Sindivest veio para somar e contribuiu com o sucesso do Desfile. “Além de incentivar o ofício da costura, nós também queremos ressaltar o valor do associativismo e a união de dois sindicatos (patronal e laboral) na realização do evento, bem como o apoio que recebemos de duas instituições de ensino. É um projeto que certamente entrará para o calendário das quatro entidades porque, diante de problemas econômicos e da falta de mão de obra qualificada, ele nos permite vislumbrar um novo horizonte e fazer frente às concorrências de outros mercados”, ressalta a presidente do Sindivest, Rita Cassia Conti.
Já o diretor do Senai de Brusque, José Vanderlei Cardoso, agradeceu o convite para participar do 5º Desfile das Costureiras e falou sobre o empenho de seus coordenadores, professores e alunos do curso de Moda no projeto. “O nosso objetivo é valorizar esta profissão e unir forças para que alcancemos sempre resultados positivos para o segmento. Contem conosco nas próximas edições”, salienta.
Por fim, a Unifebe, que desde 2014 participa da iniciativa, observa o crescimento da proposta que, nesta segunda-feira, reuniu mais de 800 pessoas no local. “Somos uma universidade comunitária e trabalhamos para que o limite entre universidade e comunidade não seja distinguido. Precisamos, cada vez mais, inserir nossos acadêmicos no mercado, para que tenham essa vivência real da profissão e sejam capazes de propor novos caminhos”, pontua o reitor da Unifebe, Günther Lother Pertschy.
Mais histórias
Quem chegou cedo para aplaudir uma costureira muito especial foi Alessandro Amorim, ao lado de seus três filhos: Willian (20), Letícia (10) e Felipe (7). E quem diz que estes quatro corações se comportam na hora que Meri Tereza Reis de Amorim pisa na passarela? Família assim grande e reunida faz barulho na plateia. Aplaude, assovia, grita. E ela, lá de cima, um tanto envergonhada, ela retribuiu toda a manifestação de carinho com um sorriso largo de esposa e mãe. “A Meri merece esta homenagem, ela é muito boa no que faz. Trabalha com costura há 27 anos”, conta Alessandro, ainda emocionado com a performance da mulher na passarela. Seu filho menor, Felipe, também não esconde o orgulho. “Minha mãe é muito bonita”, diz o pequeno, com toda a sinceridade de seu coração.
Minutos depois, já com o fôlego recuperado da experiência de modelo que viveu, Meri considera justa a homenagem recebida pela primeira vez, depois de quase três décadas de profissão. “É o que eu aprendi a fazer e o que faço de melhor. Com a minha profissão eu sempre ajudei na criação dos meus filhos e, pela minha família, eu quase chorei de emoção lá em cima”, confessa.
Pela terceira vez no Desfile das Costureiras, Marli Klock, que insiste em não revelar a idade, teve um desempenho de mocinha na passarela, com direito àquela paradinha posada, na frente dos fotógrafos: postura de quem já se acostumou com o palco. “Trabalho com costura desde os 14 anos. Tinha o sonho de ser professora, mas minha mãe me encaminhou para a carreira da costura. Aprendi, gostei, não parei mais, até porque precisava criar meus filhos, cuidar da educação deles. Em 2004, quando já estavam crescidos, consegui retomar os estudos e concluí o Ensino Superior em quatro anos. Hoje, sou professora. Foi a costura que me permitiu realizar todos os sonhos”, revela.