Data de publicação: 28/04/2016
Movimento Abril Verde ganha sessão especial na Câmara de Vereadores
Movimento Abril Verde ganha sessão especial na Câmara de Vereadores
Na oportunidade foi realizada a quarta palestra do movimento, que discutiu o tema ‘O papel dos técnicos de segurança no trabalho’
O movimento Abril Verde realizou sua quarta e última palestra na noite de ontem, 27 de abril, durante sessão especial na Câmara Municipal de Brusque. Proposta pelos vereadores Marli Leandro e José Isaías Vechi, ambos presidentes sindicais, do Sintrivest e Sintimmmeb, respectivamente, a sessão reuniu um grande número de trabalhadores e trabalhadoras, além de dirigentes sindicais e do coordenador do Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região, João Decker.
Na oportunidade, o presidente do Sindicato dos Técnicos em Segurança do Trabalho de Santa Catarina, João Carlos Figueira, abordou o tema “Papel dos Técnicos de Segurança no Trabalho”. Segundo Figueira, o profissional técnico tem um papel fundamental na saúde do trabalhador quando consegue fazer um trabalho bacana na empresa, e o empregador dá essa liberdade para o profissional. Além disso, em sua avaliação o profissional também tem que ser alguém que se atualiza, que entenda de legislação, e que tenha um entendimento do humanismo do trabalho. “O técnico tem esse papel de fazer o link entre o trabalhador, o trabalho saudável e a empresa. Fazer com que a empresa veja o trabalhador produtivo, mas saudável. Esse é o grande desafio dos profissionais técnicos. Infelizmente a gente tem muita dificuldade, porque as escolas técnicas formadoras não têm esse enfoque. O grande formador em Santa Catarina, por exemplo, é o Sistema S, que é patronal. Ele não tem essa visão de que o profissional tem que entender de humanismo no trabalho, de gestão de saúde do trabalhador”, ressaltou.
Figueira também fez questão de enaltecer a importância do movimento Abril Verde. Hoje, apenas sete municípios brasileiros instituíram o Abril Verde através de Lei Municipal e a proposta é que o movimento se torne uma lei nacional. “Santa Catarina sai na frente com quatro municípios, entre eles Brusque, além de dois municípios no Paraná e um na Paraíba. Já está nas mãos do senador Paulo Paim um esboço dessa legislação, para tentarmos emplacar o Abril Verde como uma Lei Nacional. Quem sabe assim, daqui uma década, duas, tendo isso disseminado no país todo, a sociedade terá essa visão de que trabalhador saudável é trabalhador produtivo”, projetou.
A presidente do Sintrivest e vereadora Marli Leandro ressaltou a importância das informações trazidas por Figueira, tanto para os profissionais técnicos, como também para os trabalhadores e para o próprio movimento sindical. “A saúde do trabalhador não pode ser vista apenas do portão da fábrica para dentro, porque ele é um todo, é um ser social e precisa ter saúde tanto para poder trabalhar e produzir, quanto para ter uma vida digna com seus familiares. Foi uma reflexão importantíssima para todos nós, para os participantes, e para toda sociedade. Isso demonstra que o nosso projeto do Abril Verde, apresentado na Câmara de Vereadores e votado no ano passado, teve um início brilhante este ano. Sem dúvida nos próximos anos vamos incrementar cada vez mais, vamos fazer crescer esse movimento, porque ele fala de vida, de saúde, do ser humano, e a gente precisa evoluir nessa questão da saúde e segurança da classe trabalhadora porque nós precisamos construir cada vez mais políticas, ações e atividades que possam fazer a promoção da saúde. Nós não queremos trabalhadores mutilados, não queremos trabalhadores ‘encostados’, como é o termo que se usa às pessoas que são acometidas por algum problema de saúde e precisam recorrer à Previdência Social. Queremos trabalhadores e trabalhadoras saudáveis em seus ambientes de trabalho, com isso eles poderão inclusive produzir mais, porque não há produção sem trabalhador saudável, e também poderão ter uma vida familiar mais harmônica, mais digna”, considerou.
Santa Catarina em números
De acordo com o Ministério da Previdência Social, o estado de Santa Catarina ocupa o primeiro lugar no ranking nacional de acidentes de trabalho. A cada mil vínculos, 22,4 registram acidentes ou doenças de trabalho. O índice de trabalhadores afastados por motivos de saúde nas principais atividades econômicas de Santa Catarina é 48% maior que a média nacional. Além disso, o número de doenças e acidentes de trabalho em Santa Catarina, no período de 2006 a 2013 é de 360,4 mil casos. Ou seja, ocorrem 141 incidências por dia e 51,5 mil por ano.
Movimento Abril Verde
O Movimento Abril Verde surgiu através de um projeto aprovado na Câmara de Vereadores de Brusque e transformado em Lei (nº 3.943/2015), proposto pelos vereadores José Isaías Vechi e Marli Leandro, que visa discutir e elaborar sugestões para diminuição de acidentes de trabalho e doenças laborais. O Movimento busca conscientizar os trabalhadores, patrões, poder público, órgãos fiscalizadores sobre doenças e acidentes decorrentes das atividades profissionais em suas áreas.
Em Brusque, o Movimento Abril Verde é organizado pelo Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região.
Fotos: Tiago Andrade/Assessoria Sintimmmeb
O movimento Abril Verde realizou sua quarta e última palestra na noite de ontem, 27 de abril, durante sessão especial na Câmara Municipal de Brusque. Proposta pelos vereadores Marli Leandro e José Isaías Vechi, ambos presidentes sindicais, do Sintrivest e Sintimmmeb, respectivamente, a sessão reuniu um grande número de trabalhadores e trabalhadoras, além de dirigentes sindicais e do coordenador do Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região, João Decker.
Na oportunidade, o presidente do Sindicato dos Técnicos em Segurança do Trabalho de Santa Catarina, João Carlos Figueira, abordou o tema “Papel dos Técnicos de Segurança no Trabalho”. Segundo Figueira, o profissional técnico tem um papel fundamental na saúde do trabalhador quando consegue fazer um trabalho bacana na empresa, e o empregador dá essa liberdade para o profissional. Além disso, em sua avaliação o profissional também tem que ser alguém que se atualiza, que entenda de legislação, e que tenha um entendimento do humanismo do trabalho. “O técnico tem esse papel de fazer o link entre o trabalhador, o trabalho saudável e a empresa. Fazer com que a empresa veja o trabalhador produtivo, mas saudável. Esse é o grande desafio dos profissionais técnicos. Infelizmente a gente tem muita dificuldade, porque as escolas técnicas formadoras não têm esse enfoque. O grande formador em Santa Catarina, por exemplo, é o Sistema S, que é patronal. Ele não tem essa visão de que o profissional tem que entender de humanismo no trabalho, de gestão de saúde do trabalhador”, ressaltou.
Figueira também fez questão de enaltecer a importância do movimento Abril Verde. Hoje, apenas sete municípios brasileiros instituíram o Abril Verde através de Lei Municipal e a proposta é que o movimento se torne uma lei nacional. “Santa Catarina sai na frente com quatro municípios, entre eles Brusque, além de dois municípios no Paraná e um na Paraíba. Já está nas mãos do senador Paulo Paim um esboço dessa legislação, para tentarmos emplacar o Abril Verde como uma Lei Nacional. Quem sabe assim, daqui uma década, duas, tendo isso disseminado no país todo, a sociedade terá essa visão de que trabalhador saudável é trabalhador produtivo”, projetou.
A presidente do Sintrivest e vereadora Marli Leandro ressaltou a importância das informações trazidas por Figueira, tanto para os profissionais técnicos, como também para os trabalhadores e para o próprio movimento sindical. “A saúde do trabalhador não pode ser vista apenas do portão da fábrica para dentro, porque ele é um todo, é um ser social e precisa ter saúde tanto para poder trabalhar e produzir, quanto para ter uma vida digna com seus familiares. Foi uma reflexão importantíssima para todos nós, para os participantes, e para toda sociedade. Isso demonstra que o nosso projeto do Abril Verde, apresentado na Câmara de Vereadores e votado no ano passado, teve um início brilhante este ano. Sem dúvida nos próximos anos vamos incrementar cada vez mais, vamos fazer crescer esse movimento, porque ele fala de vida, de saúde, do ser humano, e a gente precisa evoluir nessa questão da saúde e segurança da classe trabalhadora porque nós precisamos construir cada vez mais políticas, ações e atividades que possam fazer a promoção da saúde. Nós não queremos trabalhadores mutilados, não queremos trabalhadores ‘encostados’, como é o termo que se usa às pessoas que são acometidas por algum problema de saúde e precisam recorrer à Previdência Social. Queremos trabalhadores e trabalhadoras saudáveis em seus ambientes de trabalho, com isso eles poderão inclusive produzir mais, porque não há produção sem trabalhador saudável, e também poderão ter uma vida familiar mais harmônica, mais digna”, considerou.
Santa Catarina em números
De acordo com o Ministério da Previdência Social, o estado de Santa Catarina ocupa o primeiro lugar no ranking nacional de acidentes de trabalho. A cada mil vínculos, 22,4 registram acidentes ou doenças de trabalho. O índice de trabalhadores afastados por motivos de saúde nas principais atividades econômicas de Santa Catarina é 48% maior que a média nacional. Além disso, o número de doenças e acidentes de trabalho em Santa Catarina, no período de 2006 a 2013 é de 360,4 mil casos. Ou seja, ocorrem 141 incidências por dia e 51,5 mil por ano.
Movimento Abril Verde
O Movimento Abril Verde surgiu através de um projeto aprovado na Câmara de Vereadores de Brusque e transformado em Lei (nº 3.943/2015), proposto pelos vereadores José Isaías Vechi e Marli Leandro, que visa discutir e elaborar sugestões para diminuição de acidentes de trabalho e doenças laborais. O Movimento busca conscientizar os trabalhadores, patrões, poder público, órgãos fiscalizadores sobre doenças e acidentes decorrentes das atividades profissionais em suas áreas.
Em Brusque, o Movimento Abril Verde é organizado pelo Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região.
Fotos: Tiago Andrade/Assessoria Sintimmmeb