Data de publicação: 16/11/2017

Assembleia

Sintrivest convoca trabalhadores para Assembléia Extraordinária

Encontro discutirá o reajuste salarial proposto pelo Sindicato Patronal

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Sintrivest convoca trabalhadores para Assembléia Extraordinária
Na próxima quarta-feira, 22 de novembro, às 9h e às 17h30, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest), realiza uma Assembléia Geral Extraordinária, convocada para discutir com a categoria vestuarista o reajuste salarial proposto pelo Sindicato Patronal. O encontro já acontece em dois horários para permitir que um número maior de trabalhadores possa participar desta importante momento, que vai definir o andamento da negociação coletiva de 2017.
“É importante a presença expressiva do trabalhador, porque já estamos negociando com o Sindicato Patronal desde o mês de julho. Permanecemos firmes nesta tentativa de fechar a Convenção Coletiva e de conseguir um reajuste razoável para a categoria. Infelizmente, a proposta que temos não é aquela que gostaríamos. Mas, diante do quadro em que se encontra esta questão, optamos por chamar os trabalhadores para analisar o que temos até agora e definir o que será feito daqui para frente”, afirma a presidente do Sintrivest, Marli Leandro.
Segundo ela, várias empresas já concederam reajustes salariais, levando em consideração que a data-base é o mês de setembro. O incremento nos salários veio através de antecipação ou por acordos individuais que o Sintrivest incentivou e já formalizou com muitas empresas. “Infelizmente com o Sindicato Patronal nós não fechamos no mês de setembro porque a proposta apresentada não é razoável. De qualquer forma, os trabalhadores vão analisar o que foi oferecido e decidir se aceitamos ou se a negociação continua. É importante esclarecer que não é o Sintrivest quem dá o reajuste. Nosso papel é negociar com o Sindicato Patronal, a partir do índice da inflação. O objetivo é sempre melhorar, não apenas o salário, mas a condição do trabalhador. Na nossa Convenção Coletiva existem mais de 30 cláusulas sociais que devem ser mantidas, além do compromisso de sempre avançar em busca de novos benefícios para o trabalhador do vestuário”, ressalta Marli.
De acordo com a presidente do Sintrivest, além do percentual de salário negociado através da Convenção Coletiva, as empresas têm a liberdade de conceder aos seus trabalhadores um aumento maior. “Algumas empresas que neste momento optaram pela antecipação ou por acordos individuais, ofereceram reajustes salariais de até 8%. Então o trabalhador precisa ficar atento porque a inflação foi inferior a 2%. Ou seja, nada impede que as empresas melhorem esta proposta e aumentem mais os salários de seus trabalhadores”, esclarece Marli.
A Reforma Trabalhista, que entrou em vigor no mês de novembro, também influenciou este atraso no fechamento da negociação coletiva. Inclusive, algumas cláusulas que há anos compõem a Convenção Coletiva foram questionadas. “A prerrogativa é que os dois sindicatos, patronal e laboral, podem negociar sempre acima do que prevê a lei, focando na melhora das condições de trabalho. Foi assim que sempre fizemos e muitas cláusulas são melhores do que a lei tem como base. É desta forma que esperamos continuar. Não é porque a lei mudou que precisamos comprometer a situação do trabalhador”, adverte.