Data de publicação: 28/08/2024
Sintrivest marca presença no 11° Encontro Estadual da Juventude Trabalhadora com deputado o Renato Freitas
Conforme o deputado, a juventude não se vê como trabalhadores e trabalhadoras e, consequentemente, não percebem a contradição histórica que há entre o capital e o trabalho
O Sintrivest marcou presença no 11° Encontro Estadual da Juventude Trabalhadora, realizado no último sábado (24/08), pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), em Itapema. Na oportunidade, presidente e diretoras do sindicato puderam assistir a palestra com o deputado Renato Freitas (PT-PR), convidado do Encontro, que pela primeira vez esteve na sede da federação para conversar com os jovens sobre a importância do envolvimento com o movimento sindical, na defesa do trabalho e na resistência pelas imposições do capital.
Na ocasião, Freitas lembrou o fato de o trabalhador e a trabalhadora serem constantemente desrespeitados pelos seus empregadores que não se limitam a quererem apenas a mão de obra do trabalhador durante o horário de trabalho, mas que cada vez mais querem mais produtividade e a subordinação da classe trabalhadora aos seus interesses.
“Querem de nós a sujeição, que vai além do ambiente de trabalho. Querem a sujeição política: que a gente pense igual a eles, e nos passam a imagem de que eles são a encarnação do melhor do que podem oferecer”, denuncia.
Por duas horas, a plateia ouviu atenta as histórias e os relatos do deputado negro, que é filho de uma nordestina que migrou da Paraíba para tentar uma vida mais digna em São Paulo e, posteriormente, na região metropolitana de Curitiba.
Da infância, Freitas traz lembranças sobre a situação de miséria e exclusão.
“Minha mãe tinha um subemprego. Tendo que criar os filhos sozinha, por morar em uma região que não dispunha de serviços fundamentais, ela tinha que deixar os filhos ao léu. Além disso, como doméstica, no ambiente de trabalho não tinha os direitos trabalhistas e, consequentemente, não se via como trabalhadora e, logo, não se organizava em associações de classe”, relatou.
Ao destacar a importância do movimento sindical para a dignidade da classe trabalhadora, Renato Freitas, relembrou que uma das consequências do Golpe do presidente Michel Temer, em 2016, foi justamente o início de um ataque fortíssimo contra os sindicatos laborais, que hoje padecem de recursos e estrutura, além de os seus dirigentes serem alvos de ataques similares aos sofridos pelos professores, taxados como doutrinadores e esquerdistas.
“Com isso retiraram as pessoas da organização sindical. A juventude de hoje é a que viveu este momento para não haver organização sindical, por isso são incapazes de entender que é o sindicato que nos tira da condição de sub-profissão e de subemprego”, destacou.
JUVENTUDE DA CRISE
O termo ‘juventude da crise’ foi utilizado por Freitas para justificar o baixo interesse dos jovens da atualidade para se engajar no movimento sindical. Conforme ele, a juventude atual se vê numa situação desesperada por emprego, em que abandona a escola para arrumar emprego em um ambiente em que a força do trabalho vale a metade do valor, e que mesmo por esse valor os jovens se dispõem a trabalhar o dobro.
Tal situação, segundo ele, faz com que os jovens, além de desesperados, se vejam desamparados e reféns de um modelo de capitalismo selvagem, que vive um momento de ‘caça às bruxas’ do movimento sindical e que se apresenta como sinônimo único de sucesso e plenitude.
“O patrão de hoje quer o teu coração e a tua mente, a tua subjetividade”, advertiu.
Como uma das alternativas para o sindicalismo se aproximar destes jovens, Freitas assinala ser imperioso reconhecer que a juventude da atualidade não possui uma cultura de identificação pelo trabalho, isso porque, não se veem como trabalhadores e trabalhadoras e, consequentemente, não percebem a contradição que há com o patrão e passam a ser crentes da ideologia do mérito achando que o patrão é brilhante.
“Essa situação nos faz estar vivendo o auge da meritocracia do patrão!”, sinaliza.
Freitas também assinalou que é preciso reconhecer que não há dentre os jovens a cultura da identificação pelo trabalho, isso porque eles não se veem como trabalhadores.
“Nossos jovens precisam ser trazidos para o mundo do trabalho a partir de uma organização sindical que seja protagonista de sua autenticidade. Até na alienação o jovem é autêntico! O jovem de hoje quer discurso radical, e por isso precisamos ter a coragem de que ele necessita”, sinalizou.
O evento foi uma realização conjunta da FETIESC com a Nova Central Sindical de Trabalhadores de Santa Catarina (NCST-SC) e a União Geral dos Trabalhadores de Santa Catarina (UGT-SC).
Fonte da Notícia: Fetiesc
Na ocasião, Freitas lembrou o fato de o trabalhador e a trabalhadora serem constantemente desrespeitados pelos seus empregadores que não se limitam a quererem apenas a mão de obra do trabalhador durante o horário de trabalho, mas que cada vez mais querem mais produtividade e a subordinação da classe trabalhadora aos seus interesses.
“Querem de nós a sujeição, que vai além do ambiente de trabalho. Querem a sujeição política: que a gente pense igual a eles, e nos passam a imagem de que eles são a encarnação do melhor do que podem oferecer”, denuncia.
Por duas horas, a plateia ouviu atenta as histórias e os relatos do deputado negro, que é filho de uma nordestina que migrou da Paraíba para tentar uma vida mais digna em São Paulo e, posteriormente, na região metropolitana de Curitiba.
Da infância, Freitas traz lembranças sobre a situação de miséria e exclusão.
“Minha mãe tinha um subemprego. Tendo que criar os filhos sozinha, por morar em uma região que não dispunha de serviços fundamentais, ela tinha que deixar os filhos ao léu. Além disso, como doméstica, no ambiente de trabalho não tinha os direitos trabalhistas e, consequentemente, não se via como trabalhadora e, logo, não se organizava em associações de classe”, relatou.
Ao destacar a importância do movimento sindical para a dignidade da classe trabalhadora, Renato Freitas, relembrou que uma das consequências do Golpe do presidente Michel Temer, em 2016, foi justamente o início de um ataque fortíssimo contra os sindicatos laborais, que hoje padecem de recursos e estrutura, além de os seus dirigentes serem alvos de ataques similares aos sofridos pelos professores, taxados como doutrinadores e esquerdistas.
“Com isso retiraram as pessoas da organização sindical. A juventude de hoje é a que viveu este momento para não haver organização sindical, por isso são incapazes de entender que é o sindicato que nos tira da condição de sub-profissão e de subemprego”, destacou.
JUVENTUDE DA CRISE
O termo ‘juventude da crise’ foi utilizado por Freitas para justificar o baixo interesse dos jovens da atualidade para se engajar no movimento sindical. Conforme ele, a juventude atual se vê numa situação desesperada por emprego, em que abandona a escola para arrumar emprego em um ambiente em que a força do trabalho vale a metade do valor, e que mesmo por esse valor os jovens se dispõem a trabalhar o dobro.
Tal situação, segundo ele, faz com que os jovens, além de desesperados, se vejam desamparados e reféns de um modelo de capitalismo selvagem, que vive um momento de ‘caça às bruxas’ do movimento sindical e que se apresenta como sinônimo único de sucesso e plenitude.
“O patrão de hoje quer o teu coração e a tua mente, a tua subjetividade”, advertiu.
Como uma das alternativas para o sindicalismo se aproximar destes jovens, Freitas assinala ser imperioso reconhecer que a juventude da atualidade não possui uma cultura de identificação pelo trabalho, isso porque, não se veem como trabalhadores e trabalhadoras e, consequentemente, não percebem a contradição que há com o patrão e passam a ser crentes da ideologia do mérito achando que o patrão é brilhante.
“Essa situação nos faz estar vivendo o auge da meritocracia do patrão!”, sinaliza.
Freitas também assinalou que é preciso reconhecer que não há dentre os jovens a cultura da identificação pelo trabalho, isso porque eles não se veem como trabalhadores.
“Nossos jovens precisam ser trazidos para o mundo do trabalho a partir de uma organização sindical que seja protagonista de sua autenticidade. Até na alienação o jovem é autêntico! O jovem de hoje quer discurso radical, e por isso precisamos ter a coragem de que ele necessita”, sinalizou.
O evento foi uma realização conjunta da FETIESC com a Nova Central Sindical de Trabalhadores de Santa Catarina (NCST-SC) e a União Geral dos Trabalhadores de Santa Catarina (UGT-SC).
Fonte da Notícia: Fetiesc