Data de publicação: 19/04/2017

Abril Verde

Sintrivest realiza palestra sobre o Abril Verde

A professora da Unifebe, Francielle Marchi, falou sobre o mês que estimula a reflexão sobre a saúde e segurança no trabalho

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Sintrivest realiza palestra sobre o Abril Verde
Para marcar o Abril Verde, mês em memória às vítimas de acidentes do trabalho, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest) realizou na noite de quarta-feira, 19 de abril, no auditório da entidade, a palestra “Riscos ocupacionais e aspectos para sua prevenção”, ministrada pela Engenheira Ambiental e de Segurança no Trabalho, Francielle Marchi.
O evento, realizado em parceria com o Centro Universitário de Brusque (Unifebe) era gratuito e aberto à comunidade e reuniu um expressivo número de diretores do Sintrivest que, por consequência, se comprometerem em levar o aprendizado para dentro das empresas na qual trabalham.
“Um dos nossos diretores disse que é preciso mudar essa consciência e cobrar mais das empresas. Então a palestra proporcionou esse despertar. O Sintrivest concretiza mais uma vez o que se propõe todos os dias, que é levar informação de qualidade para seus trabalhadores e de defender os interesses da categoria que representa. A verdade deve ser conhecida e apropriada para se transformar em realidade”, avaliou o presidente em exercício do Sintrivest, José Gilson Cardoso.
A professora Francielle iniciou o encontro com movimentos de ginástica laboral. Nada muito aprofundado, mas que serviu para alongamento e descontração dos participantes. Um pouco mais relaxados, durante uma hora ela falou sobre temas que envolvem a saúde e segurança no trabalho, começando por uma abordagem histórica.
“Desde a antiguidade o tema está presente e surge com o homem primitivo, quando começa a fabricação de suas ferramentas. Mas é durante a Revolução Industrial e, principalmente, com o uso das máquinas, que as doenças e acidentes do trabalho se intensificaram. Na década de 1970 o Brasil ficou conhecimento mundialmente pela explosão do número de acidentes nas fábricas. Por intermédio destes dados alarmantes foram criadas as primeiras legislações de proteção à saúde e segurança do trabalhador”, contou Francielle.
De acordo com a professora, hoje o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) é obrigatório e desenvolvido de acordo com o número de funcionários e da classificação do grau de risco de cada empresa. Através deste enquadramento se define a equipe de trabalho, que pode ser formada por Engenheiro de Segurança, Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e o Técnico em Segurança do Trabalho.
“Os riscos se dividem em dois fatores. O primeiro é o risco operacional, que não pode ser medido e acontece por falhas no processo ou por falta de treinamento. Já os riscos ambientais se subdividem em físico, químico, biológico, ergonômico e de acidente. Existem diversos equipamentos que podem medir cada um destes riscos e o tempo limite de exposição do trabalhador, para que diminua a possibilidade de danos à saúde”, explicou a professora.
Segundo Francielle, existem vários programas que podem ser implementados nas empresas e, muitos deles, são exigências do próprio Ministério do Trabalho. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, por exemplo, objetiva identificar quais são os trabalhadores expostos aos agentes de risco e como eles devem se comportar para evitar complicações. “Vale lembrar que o risco de acidente existe o tempo todo, em todos os ambientes. Posso tropeçar em um degrau. Mas, na empresa, a área deveria estar sinalizada, como forma de identificar o obstáculo”, sugeriu.
A professora afirma que uma das vantagens da segurança do trabalho em Brusque é a certificação da ABVTEX, principalmente na indústria têxtil. “É um avanço grande para o município, porque a certificação envolve diversos itens e, inclusive, a segurança do trabalho. Como as empresas precisam se adequar pra receber a certificação, isso melhora o índice de acidentes do trabalho no município”, acrescentou Francielle.