Data de publicação: 12/10/2022

União transformadora

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União transformadora
Você, trabalhador (a), sabe o que é uma Convenção Coletiva? Já participou de alguma assembleia sindical para entender as propostas da mesma e opinar a respeito das suas condições de trabalho? Sabe de que forma o seu sindicato atua ou como ocorrem as negociações com o patronal para a melhoria dos salários e garantia dos direitos trabalhistas?
Muitas perguntas como essas são respondidas como um ‘não’ pelos trabalhadores, afinal, a maioria da categoria não participa efetivamente das assembleias convocadas pelo seu sindicato, ou até não entende que as decisões tomadas ali, - tanto de aprovação como rejeição a respeito das reivindicações discutidas, - são de responsabilidade dos trabalhadores presentes. Ou seja: a ausência dos demais trabalhadores nesses importantes e decisivos momentos impacta diretamente no resultado das negociações entre os sindicatos dos trabalhadores e o patronal, além, é claro, de distanciar ainda mais o sindicato laboral das demandas que muitas vezes ocorrem no dia a dia dos trabalhadores, mas que não chegam até essas entidades.

Representatividade
Os sindicatos laborais representam as classes trabalhadoras e a busca delas em prol de melhores condições de trabalho, de vida e de dignidade. Assim, para que essa busca se fortaleça, cabe aos trabalhadores da categoria se associar, bem como apoiar os sindicatos que o representam, seja acompanhando as ações, cobrando, participando de assembleias e até mesmo desfrutando dos benefícios que o mesmo oferece. Conforme dados da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), “os sindicatos contribuem para fazer avançar a organização da classe trabalhadora, aperfeiçoando as relações de emprego, fortalecendo a negociação e reduzindo a conflituosidade”.
Ou seja, ao se associar a um sindicato, o trabalhador contribui para a sua formação e atuação, na representatividade da categoria, já que os sindicatos são os responsáveis em promover as negociações e convenções coletivas com as entidades patronais, da mesma forma que também fiscalizam se os direitos dos trabalhadores estão sendo cumpridos, atuando na defesa dos mesmos.
“Caso não houvesse um sindicato que representasse a categoria laboral, seria muito difícil cada trabalhador negociar diretamente com seu patrão”, comenta a presidente do Sintrivest, Marli Leandro.
Com isso, é fundamental que os trabalhadores entendam que o sindicato está sempre reivindicando melhorias em prol da classe. Entretanto, é preciso que cada trabalhador e trabalhadora faça a sua parte: esteja atento, acompanhe, participe, entenda como ocorre a atuação dos sindicatos que defendem os direitos dos trabalhadores, como os mesmos negociam e buscam a reposição das perdas e, principalmente, que participe das assembleias. Sem participação e união da classe não existe força. “Somente com uma efetiva e massiva participação da classe trabalhadora, em momentos de decisão dos sindicatos que as representam, é que podemos mudar algumas realidades. A partir do momento que nos unimos, somos mais ouvidos e podemos ampliar ainda mais os direitos em prol da classe trabalhadora”, completa Marli.
Além disso, a classe trabalhadora representa a maioria da população do Brasil. Desta forma, sempre que houver união da mesma, em prol de ideias, projetos e ações, as vozes são ouvidas e as conquistas terão mais força para mudar as realidades que temos em nosso país.